Deste sábado (14/06), as tarifas de pedágio da BR-163 em Mato Grosso do Sul ficaram 5,53% mais caras. O reajuste foi anunciado pela CCR MSVia, que administra a rodovia, junto com a reafirmação de que as obras de duplicação e melhorias devem ser retomadas ainda em junho — apesar da falta de detalhes sobre o cronograma.
A promessa de retomada das obras foi feita em 22 de maio, quando a empresa foi a única participante do leilão realizado na B3, em São Paulo, garantindo a renovação da concessão por mais 29 anos. Na ocasião, o vice-presidente de rodovias da Motiva, Eduardo Camargo, declarou que a mobilização das frentes de trabalho começaria neste mês.
No entanto, a empresa ainda não divulgou quais serão as primeiras ações ou quando exatamente elas terão início, faltando pouco mais de duas semanas para o fim de junho.
Em nota publicada no site oficial, a CCR explicou que o reajuste atual corresponde ao contrato anterior à renovação. A empresa também informou que, conforme o cronograma da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), apresentará uma série de documentos para análise e validação do poder concedente, passo necessário antes da assinatura do aditivo contratual definitivo.
Ainda segundo o comunicado, estão previstos investimentos em 203 quilômetros de duplicação, 150 km de faixas adicionais em pistas simples, 23 km de novas marginais, além da construção de acessos, contornos urbanos e outras obras de infraestrutura viária ao longo da rodovia.
Com o aumento, os valores das tarifas nas nove praças de pedágio da BR-163 em MS variam entre R$ 6,50, em Mundo Novo, e R$ 10,00, em Campo Grande e Rio Verde. Motocicletas pagam metade da tarifa. Um carro de passeio que percorra todo o trecho da rodovia pagará R$ 73,10, enquanto o valor para uma carreta de nove eixos pode chegar a R$ 684,90 entre Mundo Novo e Sonora.
A CCR assumiu a concessão da BR-163 em 2014 com a promessa de duplicar todo o trecho. Após a conclusão de 150 quilômetros e a implantação das praças de pedágio, os investimentos foram praticamente interrompidos, sob a justificativa de baixa arrecadação.
Após anos de impasse, o Governo Federal reduziu as exigências do contrato original e viabilizou um novo acordo, cuja assinatura está prevista até agosto. Apesar disso, a concessionária mantém a promessa de iniciar os trabalhos antes da formalização do novo contrato.