Policial federal durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa de um dos alvos da operação (Foto: divulgação / PF).
A Operação Sátrapa, que teve como alvo o diretor da PED (Penitenciária Estadual de Dourados), o policial penal Rangel Schveiger, cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, em Dourados, Rio Brilhante, Naviraí e Marília (SP). Além de ter sido afastado do cargo, o diretor vai ser monitorado por tornozeleira eletrônica. Também houve apreensão de celulares e computadores.
Conforme a Ficco/MS (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Mato Grosso do Sul), a investigação teve início no ano passado, após o recebimento de informações sobre um policial penal que entrava no Presídio Estadual de Dourados com drogas e celulares. O nome desse policial não foi revelado.
Ele chegou a ser preso em flagrante, em julho do ano passado, transportando cerca de 1,5 kg de droga para o interior da unidade prisional. Foi identificado ainda, durante a investigação, o envolvimento de policiais penais com, ao menos, um homicídio cometido dentro do estabelecimento prisional.
Um interno que se apresenta como líder de facção criminosa havia participado do crime. Atualmente, o suspeito está preso em um presídio federal. Há suspeita de que a mulher do preso, que é advogada, tenha participação nos crimes. As investigações continuam para identificar outros envolvidos.
A PF não informou qual teria sido o envolvimento do diretor afastado. A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) confirmou o afastamento e informou que interventores vão assumir o comando do presídio.
Defesa – Em nota, o advogado Ângelo Magno Lins do Nascimento afirmou que ao longo de toda a sua trajetória como policial penal e servidor público, de Rangel Schveiger sempre atuou com seriedade e comprometimento no combate ao crime organizado e às facções criminosas, “jamais dando qualquer motivo para que seu nome fosse associado a tais atividades ilícitas.
Segundo o advogado de defesa, Rangel possui “conduta profissional exemplar” e tem colaborado integralmente com as investigações desde que teve ciência da operação deflagrada, “confiando que todos os fatos serão devidamente esclarecidos”.
Reitera, ainda, que jamais manteve qualquer tipo de vínculo com organizações criminosas e que sua atuação sempre se pautou pela legalidade e pelo interesse público. “A defesa reafirma sua confiança na Justiça e na transparência das investigações”.
