Uma ação conjunta entre o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e uma guarnição da Força Tática da Polícia Militar de Naviraí, na zona rural de Japorã, região sul do Estado, resultou na apreensão de mais de 20 mil caixas de cigarros contrabandeados e na recuperação de três veículos com registro de roubo/furto.
Durante patrulhamento próximo à Linha Internacional as equipes avistou o comboio que ao perceberem a presença policial, dois veículos sendo Toyota/Hilux e uma Pajero entraram em uma propriedade rural. A equipe da Força Tática, foram atrás dos dois veículos sendo que seus condutores abandonaram os mesmo e fugiram a pé em meio a uma mata.
Já a equipe do DOF saiu atrás do terceiro veículo, sendo este um caminhão VW/8.150 que foi alcançado pelos policiais, após o condutor abandonar o automóvel e também fugir a pé em meio a uma mata.
Durante checagem foi constato que o caminhão havia sido furtado na cidade de Cascavel (PR) em 2018, assim como o veículo Pajero com registro de furto este ano na cidade de Porto Alegre (RS). Já a Toyota/Hilux foi tomada em assalto em abril na cidade de Itaquiraí. Ambos os veículos estavam carregados com varias caixas de cigarros de origem paraguaia.
Os cigarros apreendidos, avaliados em aproximadamente R$ 1.525.000,00 foram encaminhados à Receita Federal de Mundo Novo.
CRIMES ALIMENTADOS PELO CONTRABANDO
Durante participação no Webinar sobre ‘Mercado Ilegal de Cigarro – Desafios e Soluções - promovido pelo Poder360, em parceria com o FNCP (Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade), nesta terça-feira, o Diretor do DOF, Coronel Wagner, enfatizou que existe um “rastro de sangue” por trás da prática do contrabando de cigarros.
“A gente viu o contrabando de cigarros passar o romantismo dos sacoleiros para a posse das organizações criminosas – especializadas no contrabando de cigarros. Isso traz uma série de consequências”, afirmou.
O diretor do DOF pontuou ainda os demais crimes decorrentes dessa prática criminosa.
“Pode parecer um crime simplesmente que fere a questão aduaneira. Nós dizemos: ‘Há um rastro de sangue por trás da prática do contrabando de cigarros’. Há toda uma complexa rede criminosa, que atua sobre furtos, roubos, ameaças, tráfico de drogas, tráfico de armas”, declarou.
Coronel Wagner enfatiza ainda, que como a ocorrência desta quinta-feira, a maior parte dos veículos usados no transporte do contrabando é roubada.
“As rotas do crime são compartilhadas entre os criminosos. Precisamos de uma ação muito forte para combater esse crime”, concluiu.