Em 2021, a gasolina acumula aumento de 73,4% nas refinarias da Petrobras. O impacto para o consumidor nas bombas é preço recorde do litro do combustível, que chegou ao valor médio de R$ 6,54 em Mato Grosso do Sul.
Mesmo com o litro mais caro, ainda não compensa trocar a gasolina pelo etanol no Estado.
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o litro da gasolina varia entre R$ 6,35 e R$ 6,99. Já o preço médio do litro do etanol custa R$ 5,47, indo do mínimo de R$ 5,28 ao máximo de R$ 5,81.
Há dois modelos matemáticos que podem ser seguidos para descobrir qual combustível compensa mais: etanol ou gasolina.
No primeiro, basta multiplicar o preço da gasolina por 0,7, o resultado será o preço máximo que o consumidor deve pagar no biocombustível.
Considerando o preço médio atual do litro da gasolina a R$ 6,54 multiplicado por 0,7, o preço máximo que poderia ser desembolsado para abastecer com álcool seria R$ 4,57, bem distante da realidade entre R$ 5,28 e R$ 5,81.
Outra fórmula possível de ser aplicada é dividir o preço do litro do etanol pelo preço do litro da gasolina. Se o resultado for menor que 0,70, o álcool compensa mais. Se o resultado for maior que 0,70, a gasolina compensa mais.
Ainda levando em conta o preço médio em Mato Grosso do Sul, divide-se 5,47 por 6,54, o resultado é igual a 0,83. O valor é maior que 0,70, portanto, é mais vantajoso abastecer o veículo com gasolina do que com álcool.
Conforme o economista Marcos Rezende, é preciso ficar atento à diferença de desempenho dos combustíveis. “Os consumidores precisam analisar os valores entre gasolina e álcool para saber qual se torna mais viável".
"Porém, o álcool precisa de uma maior quantidade na queima para ter a mesma eficiência que a gasolina, mas acaba que a diferença de preço entre um e outro desperta atenção do consumidor”, afirma o economista.