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TERÇA-FEIRA, 23 DE ABRIL DE 2024
09 de SETEMBRO de 2021

Foragido da Máxima, “Lino” é apontado como líder de grupo que roubou aviões

Laudelino Ferreira Vieira, o “Lino”, está foragido desde o dia 6 de junho deste ano. (Foto: Direto das Ruas)

Foragido desde junho, após protagonizar fuga misteriosa do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima de Campo Grande, Laudelino Ferreira Vieira, o “Lino”, agora, surge como um dos mandantes do roubo das três aeronaves do Aeroclube de Aquidauana, na madrugada de segunda-feira (6).

O nome de Lino foi citado no depoimento de Cristhofer Cristaldo Rocha, de 20 anos, preso junto com Roger Breno Wirmond dos Santos, o “Zoio”, de 22 anos, em Anastácio, por participação no crime.

Segundo os dois presos, em Aquidauana, o roubo das aeronaves também foi pensado por Lazaro da Silva Ramires, já preso e processado por crimes de tráfico de drogas e furto qualificado (por mais de uma vez). O “gerente” da quadrilha, no entanto, precisava repassar as informações do crime para outras pessoas.

Uma delas, era Lino. No dia 30 de agosto, Lazaro teria atendido várias chamadas de vídeo feitas pelo foragido. Nas conversas, exigia saber dos detalhes do crime, como a chegada dos pilotos e copilotos bolivianos a Mato Grosso do Sul. Já nesta data, parte da quadrilha estava hospedada na cidade a mando dos chefes.

Laudelino é integrante de quadrilha que também roubou três aviões e matou o empresário Luís Fernandes de Carvalho em Corumbá, em 2004. Se somadas, suas condenações nos mais diversos crimes ultrapassam 80 anos de prisão.

Em 2015, ele foi condenado a 22 anos de prisão em regime fechado pela tentativa de assassinato de policiais rodoviários federais em julho de 2010, quando ele e um comparsa foram baleados, após furar um bloqueio e disparar 10 tiros contra as equipes na BR-262, em Terenos. Eles tentavam trazer cocaína da Bolívia.

O foragido ainda foi condenado por tentativa de homicídio, tráfico de drogas e uso de documentos falsos, em nome de Jairo dos Santos.

Cumpria pena na Máxima de Campo Grande, quando "sumiu" durante o expediente de limpeza da unidade. Ele tinha autorização para trabalhar na faxina da escola localizada no interior do presídio, no dia 2 de junho. A suspeita é de que ele tenha se escondido em um dos carros de empresa terceirizada.

QG – A casa de Lazaro era o ponto de encontro do bando. O endereço na Rua Benicio Pereira Mendes, em Anastácio, foi vistoriado e lá, as equipes de investigação encontraram elementos que confirmaram o nome de pelo menos outros dois envolvidos no roubo das aeronaves.

Um deles, foi o próprio Lazaro. Diversos documentos – como identidade e até cartões de banco – foram apreendidos. Um bilhete de passagem boliviano ajudou a polícia a identificar outro envolvido: Kevin Suarez Moreno. Ele estava desde 28 de agosto, em Mato Grosso do Sul e seria copiloto das aeronaves.

A dupla presa ainda apontou a participação de um quarto envolvido: Ivanildo da Silva, Ivan Nego. Além de piloto, ele é o proprietário de um Fiat Palio, que para a polícia, tem as mesmas características do usado pelos bandidos e flagrado por câmeras de segurança da região na madrugada do assalto.

Durante a perícia, vários materiais como luvas, fitas e até um manual de GPS de aeronaves; balas-clavas e roupas pretas e embalagens do mesmo instrumento plástico utilizado para algemar as vítimas, foram encontrados. Esses objetos eram idênticos aos apreendidos no hangar do Aeroclube.

Outro detalhe no imóvel chamou atenção das equipes. Todas as portas, janelas e o portão, foram deixados abertos e até porta-retratos com fotos foram abandonados, um sinal de que os bandidos deixaram o local às pressas.

Vizinhos relataram que, há vários dias, Lazaro hospedava bolivianos em casa. Conforme os relatos de Cristhofer e Roger, o gerente nunca escondeu que tinha a intenção de cometer o crime e chegou a revelar que receberia R$ 300 mil por cada aeronave roubada e entregue na Bolívia. Ele está foragido.

Para o Ministério Público a divisão de tarefas entre diversos suspeitos, alguns com cidadania estrangeira, e o uso de várias armas para execução de roubo de aeronaves, revelam o nível de especialização da quadrilha para abastecer outras organizações “sediadas em Países fronteiriços, especializada na prática de tráfico internacional de drogas”.

Prisão – Cristhofer e Roger Breno foram presos pelo Batalhão de Choque de Campo Grande, em Anastácio. Em depoimento, o primeiro preso contou que tinha como “missão” providenciar quatro armas para o bando. Ele receberia R$ 1 mil por cada arma, mas não conseguiu as pistolas e revólveres a tempo.

Roger afirmou que foi contratado para ajudar Lazaro a captar imagens do Aeroclube dias antes do crime e prestar informações ao banco sobre a atuação da polícia após o roubo. Para isso, receberia R$ 5 mil.

Os dois negaram envolvimento direto na ação criminosa da madrugada de segunda-feira, mas ainda assim, a Polícia Civil e o Ministério Público pediram a prisão preventiva de ambos pelos crimes de roubo majorado pela restrição de liberdade de vítima, pelo concurso de pessoa, com violência e por integrar organização criminoso, o que foi acatado pela Justiça de Aquidauana.

Ainda foi pedida prisão dos foragidos: Lazaro da Silva Ramires, Laudelino Ferreira Vieira, Ivanildo da Silva Dias Ferreira, o Ivan Nego e Kelvin Suarez Moreno, conhecido como Bolívia.

 


 



Fonte: Campo Grande News



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