Após o pouso forçado na manhã de ontem (15), em uma propriedade rural no distrito de Nova Itamarati, a equipe do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) foi até o local para averiguar a aeronave.
De acordo com a delegada responsável e diretora do Dracco, Ana Cláudia Medina, "as evidências encontradas na aeronave, (para-brisa e faróis quebrados, posição do pouso) com as incoerentes, inconsistentes e evasivas versões apresentadas pelo piloto, levou à classificação do sinistro como de natureza criminosa".
Ainda conforme Medina, o piloto do helicóptero descartou o GPS da aeronave e formatou o smartphone usado para falar com os "patrões". Segundo a delegada, essas são características das narco operações, ou seja, voos baixos para evitar o controle aéreo, ausência de plano de voo, diário de bordo, dentre outros elementos. "Estava tão próximo do solo que o helicóptero atingiu a rede de alta tensão", pontuou a diretora do Dracco.
A aeronave está levada para Campo Grande com um guincho e será encaminhada para o hangar do Dracco, onde será submetida a novos exames periciais.
A apreensão do helicóptero faz parte da Operação Ícaro, que é realizada em caráter permanente, na repressão qualificada de crimes aeronáuticos.
Liberado-O Piloto do helicóptero, foi liberado no final da manhã de ontem (15), após ser ouvido pela Polícia Federal. O comandante disse aos policiais federais que tinha saído de Avaré no interior paulista e que entregaria o helicóptero R-66 matrícula PR-HMR e cadastrado como propriedade da Ultra Pilots Taxi Aéreo, em uma fazenda de nome Porto Feliz, mas que perdeu o controle da aeronave enquanto tomava água e acabou batendo em um fio de alta tensão o que o obrigou ao pouso forçado.
Quando pousou ele foi detido por policiais militares do Destacamento de Nova Itamarati que não encontraram nada de irregular na aeronave, mas como o piloto não apresentava plano de voo e o aparelho poderia estar sendo usado para algum tipo de ilícito, os federais assumiram o caso.
O comandante da aeronave é piloto comercial habilitado para helicópteros. Já a aeronave embora pertencente a empresa de táxi aéreo, não está homologada para esse tipo de operação.
Adquirida e transferida para o atual proprietário em 12 dezembro de 2017, o certificado de aeronavegabilidade do helicóptero vence no dia 24 desse mês. A situação do piloto é regular perante a Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC.