Ponta Porã, assim como a vizinha Pedro Juan Caballero (Paraguai), se tornou refúgio de bandidos de outros estados, principalmente de São Paulo. Ligados a facções criminosas, foragidos da Justiça se instalam na cidade para tocar o negócio das drogas, ajudando a coordenar depósitos e as rotas de distribuição.
Somente nA quarta-feira (31), dois paulistas foram presos no lado brasileiro da linha internacional. Além de Cleverson Portelli, o “Tubarão do PCC” preso no Jardim Residencial I, policiais da Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) prenderam José Antônio da Silva, de 56 anos.
Foragido de São Paulo, onde tem 16 anos de prisão a cumprir por assalto, José Antônio foi localizado em uma casa no Jardim Altos da Glória. O local funcionava como entreposto de drogas. Em um dos cômodos foram encontrados 300 quilos de maconha e balança industrial.
Os entrepostos se tornaram conhecidos na fronteira. Além de Ponta Porã, os traficantes mantêm esses depósitos em Dourados. A maconha trazida do Paraguai fica armazenada no local e depois é enviada para outras cidades em pequenas quantidades, na bagagem de “mulas” do tráfico, ou em veículos conduzidos por motoristas chamados de “cavalos doidos”.
Apoiados por agentes da 1ª Delegacia de Polícia Civil, os policiais da Defron chegaram ao entreposto do Altos da Glória por volta de 17h de quarta-feira (31). José Antônio foi encontrado no quarto da casa, onde estavam os fardos de maconha.
Ele apresentou documento falso na tentativa de enganar os policiais sobre seus antecedentes em São Paulo, mas sua identidade verdadeira foi descoberta. José Antônio foi autuado por tráfico de drogas e associação para o tráfico. A Defron pediu a prisão preventiva dele.