Dois dos três brasileiros presos na quinta-feira (11) na Operação Fronteira Segura, no Paraguai, vão continuar na cadeia porque estavam com a prisão decretada em Mato Grosso do Sul. A informação foi confirmada pela Polícia Federal.
Oriundos de Nova Andradina, Luiz Guilherme Dutra Toppam, de 25 anos, o “Coxinha”, e Djonathan Augustinho Fuliotto Rodrigues Pimentel, de 34 anos, foram expulsos ontem do país vizinho depois de serem localizados na operação da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã.
Além deles, também foi preso na mesma operação e entregue a policiais federais brasileiros o advogado douradense Pedro Martins Aquino, de 35 anos, encontrado dormindo na casa onde estava Luiz Guilherme.
Ele alegou em depoimento à PF que passou a noite no local porque tinha audiência na fronteira na quinta-feira cedo. Aquino é advogado de Luiz Guilherme. Como não era procurado no Brasil, ele foi liberado e ontem mesmo voltou para sua casa em Dourados.
Os três foram presos em imóveis mantidos pela facção brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) em Pedro Juan Caballero. Seis imóveis da facção foram vasculhados ontem. Em um deles, a Senad encontrou laboratório para produção de maconha com alta concentração de THC, principal substância psicoativa encontrada na planta. A erva era cultivada em estufa, com refrigeração e iluminação especial.
Luiz Guilherme tinha sido alvo da Operação Exílio, deflagrada pela Polícia Federal em junho de 2020. Ele seria colaborador da facção na linha internacional.
Já Djonathan Pimentel é apontado como secretário de Giovanni Barbosa da Silva, o “Bonitão”, do PCC na fronteira até janeiro deste ano, quando foi preso em Pedro Juan Caballero e atualmente está no Presídio Federal de Catanduvas (PR). Bonitão também tinha sido alvo da Operação Exílio, no ano passado.
No momento em que foi preso, Djonathan se apresentou como Rafael Sancanari, mas com apoio de policiais federais brasileiros, os agentes da Senad descobriram que a identidade era falsa. De acordo com a polícia paraguaia, os brasileiros expulsos eram membros ativos da facção criminosa e seriam candidatos a assumir o posto de Giovanni Barbosa da Silva na chefia local do PCC.