Ponte de 17 metros que fica na MS-487, perto de posto fiscal na região do rio Amambai, desmoronou em dezembro do ano passado e passados dois meses do incidente, a construção ainda não foi erguida e vem atrapalhando o acesso de moradores e o escoamento de produtos agrícolas.
O incidente aconteceu devido às chuvas que caíram na região de Naviraí no final de 2015 e em janeiro deste ano.
Um homem, que se apresentou como Djalma Lino Gonçalves, fez um vídeo para mostrar a situação. Usuários da via teriam adaptado duas passarelas de madeira para facilitar o trânsito de um lado para o outro. Veículos não conseguem passar, mas a pé é possível fazer a travessia.
A ponte de concreto viabiliza uma viagem mais curta para que vive em Naviraí, 359 quilômetros de Campo Grande, e se dirige para o Paraná.
Entre as pessoas que andavam na via há pacientes de hemodiálise, que fazem tratamento em clínicas de Umuarama (PR) e dependem de três viagens por semana. Estudantes também sempre cruzava o local a caminho de universidades em Londrina (PR).
No setor econômico, milho e soja são escoados pela via com destino à estação de trem em Maringá (PR), que termina o trajeto até o porto de Paranaguá. No caminho contrário, insumos para as plantações eram transportados pela MS-487.
Sem a ponte, as viagens para Umuarama, por exemplo, passaram de cinco para até nove horas de duração. O desvio obriga que os viajantes sigam até Guaíra.
Quem depende de escoar produtos, gasta mais. O frete aumentou R$ 10 por tonelada porque os caminhões fazem um trajeto mais longo até Maringá.
O presidente do Sindicato Rural de Naviraí, Yoshihiro Hakamada, disse que os esforços para viabilizar a reconstrução da ponte foram feitos. "Tivemos reuniões para tratar o assunto. Coletamos fotos e fizemos vídeo. A Famasul está empenhada, tivemos apoio da deputada federal Tereza Cristina (PSD). A questão é que choveu como nunca tinha se visto por aqui."
GOVERNO
A Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) informou que atende essa demanda com prioridade. O projeto de reconstrução está em fase de elaboração e o prazo para que o tráfego seja normalizado é até junho deste ano.
Mesmo com a decretação do estado de emergência pelo governo do Estado, o que em contribuiria para agilizar o processo de obras, a reforma pode demorar até seis meses para que fique pronta. Essa morosidade na resolução do problema tem sido alvo de críticas de moradores de Mato Grosso do Sul e Paraná que usam a via e de alguns produtores rurais.
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