Untitled Document
TERÇA-FEIRA, 23 DE ABRIL DE 2024
07 de FEVEREIRO de 2016

Carnaval: campanha esclarece limites entre "paquera" e "assédio"

Creative Commons - CC BY 3.0 - Guia didático da diferença entre paquera e assédio 01 AzMina

Beijos à força, puxões no cabelo, passadas de mão e outras investidas sem consentimento não podem ser encaradas como parte do Carnaval.

Com o objetivo de acabar com o clima de vale-tudo na folia, a Revista AzMina em parceria com os movimentos ‪#‎AgoraÉQueSãoElas‬, Vamos Juntas? e Bloco das Mulheres Rodadas e com o Catraca Livre lançaram um guia didático com as diferenças entre "paquerar" e "assediar". A ação faz parte da campanha #CarnavalSemAssédio.

A diretora-executiva da Revista AzMina, Nana Queiroz, explica que a campanha é um grito por mudança e tem várias frentes, desde a conscientização virtual até ações no mundo real.

“A campanha é uma parceria entre várias mulheres incríveis de vários grupos e coletivos que cansaram de ter que passar raiva e medo durante o Carnaval e decidiram agir.

Nós não queremos mais dançar olhando pros lados para ver se alguém vai pegar na nossa bunda sem permissão”, desabafa.

O guia divulgado nas redes sociais mostra que ações como uma "cantada", uma piadinha machista ou uma puxada no cabelo são todas assediosas.

As ações nas ruas englobam a distribuição de apitos para denunciar assediadores, grupos de mulheres que vão juntas para os blocos para protegerem umas as outras e o Bloco das Mulheres Rodadas que, neste ano, vai tomar as ruas do Rio com uma mensagem pelo fim do assédio na folia.

Nana indica que os homens leiam o guia para identificar as diferenças entre a paquera e o assédio para não serem “canalhas” no Carnaval.

“É meio revoltante que ainda tenhamos que explicar pra marmanjos crescidos como é que se brinca de paquerar, mas essa é a maneira mais eficiente que encontramos de mudar esse quadro”, disse a ativista.

Para os idealizadores da campanha, o assédio faz parte do cotidiano da mulher desde o metrô até o trabalho, mas no Carnaval existe uma extrapolação dessa cultura machista que defende que o importa na folia é acumular os números de bocas beijadas.

Nana aconselha que as mulheres saiam para se divertir acompanhadas e levem apitos para denunciar condutas indevidas.

Quebra de silêncio

O trabalho feminista da jornalista começou há dois anos com o “Não Mereço Ser Estuprada” e ficou ainda mais forte com a criação da Associação AzMina de Jornalismo Investigativo, Cultura e Empoderamento Feminino no ano passado.

“É reconfortante ver, a cada dia, como muitas mulheres nos escrevem dizendo que suas vidas foram transformadas ao quebrar o silêncio sobre o estupro que sofreram ou por terem entendido que o que o chefe fazia era assédio, por exemplo”, complementa Nana.



Fonte: Portal EBC



» VEJA TAMBÉM!
POLíCIA  23/04/2024
Naviraí-Polícia Militar prende homem que esfaqueou uma mulher e matou outra durante uso de drogas
GERAL  23/04/2024
Antes da próxima frente fria, MS tem calor acima da média e tempo seco até o final de abril
POLíCIA  23/04/2024
Carreta furtada no Paraná é recuperada em abordagem na BR-376 em Ivimhema
GERAL  23/04/2024
Mesmo sem obrigação, número de eleitores adolescentes cresce 21% após 12 anos
POLíCIA  23/04/2024
Detento que cavou buraco em canil para fugir da Penitenciária de Dourados é preso em Goiás
Untitled Document
TáNaMídia Naviraí
Editor: Umberto Cardoso (Zum)
E-mail: zum@tanamidianavirai.com.br
Endereço: R. Jamil Salem, 27 CENTRO
Naviraí - MS - Brasil
+55 67 9956-1909