O consulado do Paraguai no Brasil confirmou para a Polícia Civil do Paraná que o empresário umuaramense Jairo de Castro Alves, 44 anos, morreu no hospital. Ele foi vítima de um atentado na tarde de ontem (28), na avenida Bernardino Caballero, em Salto Del Guaíra/PY.
O empresário foi alvo de pistoleiros quando estava dentro da caminhonete Amarok, placa AQO 0097 (Umuarama), que está em nome de seu irmão, conforme as informações repassadas pela polícia paraguaia à brasileira. Com ele estava o empresário do setor de tabacos do Paraguai, Jhoni Fernandez Oliveira, 33 anos, que também morreu. Eles foram atingidos por vários tiros.
O consulado do Paraguai também confirmou que o dois suspeitos dos assassinatos já foram presos. Trata-se do paraguaio Janio Ricardo Benitez e o brasileiro Cleucio Pereira dos Santos. Eles seriam os atiradores que estavam no veículo Fiat/Palio, placa HNQ 7123 de Ivinhema (MS), que foi apreendido.
Os suspeitos de terem cometido o assassinato.
Jhoni Oliveira era filho do ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Mundo Novo, Sebastião dos Reis Oliveira, o Tião Barbudo, e Jairo Castro era filho do dono do jornal Tribuna do Povo, que circula na região sul de MS, Jairo de Lima Alves.
Os dois, com antecedentes criminais por ligação com quadrilhas de contrabandistas, seguiam em uma caminhonete Amarok, quando foram cercados pelos pistoleiros no Fiat Palio.
Pelo menos 40 tiros de pistolas 9 milímetros e calibre 40 foram disparados em direção aos brasileiros. Jhoni morreu na hora e Jairo ainda chegou a ser socorrido ao hospital da cidade, mas morreu em seguida.
Contrabando – Os dois brasileiros eram apontados pela polícia paraguaia como integrantes de uma grande quadrilha de contrabando de cigarros.
Em abril de 2014, Jhoni Oliveira foi um dos 31 denunciados na Operação “Prometeu”, desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para desmantelar uma quadrilha que levava cigarro do Paraguai para o Brasil.
Foi uma das maiores operações de combate ao crime organizado em Mundo Novo. A quadrilha atuava há anos na região e praticava diversas atividades ilícitas, como remessa de produtos ilegais (armas, munições, medicamentos, eletrônicos, cigarros), roubo e receptação de veículos de carga, falsificação de documentos públicos e vários outros crimes correlatos.
Jairo de Castro Alves também tinha ficha na polícia. Em maio de 2015, ele foi preso na Operação Hidra, desencadeada pela Polícia Federal em Maringá (PR) para desencadear uma organização criminosa que atuava na região. Jairo era responsável pelo contrabando de agrotóxico, segundo a PF.
(Com informações de O Bendito e Campo Grande News)