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QUINTA-FEIRA, 02 DE MAIO DE 2024
30 de JULHO de 2023

Brasil precisa vencer a Jamaica na quarta para seguir na Copa

Marta e demais jogadoras do Brasil, logo após a derrota para a França: classificação em perigo na Copa Feminina — Foto: Thais Magalhães/CBF

Uma atuação empolgante contra o frágil Panamá, 52ª do ranking da Fifa, seguido de uma derrota dolorida — mais uma — para a bem organizada França. A Copa do Mundo chegou ao mata-mata para o Brasil com a Seleção em busca de um caminho e de uma identidade.

A comparação pura e simples dos rivais até aqui na Copa pode levar a crer que a seleção brasileira só mostra força contra adversárias mais fracas. Não é o melhor caminho: essa equipe acabou de enfrentar de igual para igual a campeã europeia Inglaterra e derrotar a Alemanha em amistosos recentes, duas favoritas na Copa.

Mas a derrota para a França levanta, sim, velhos fantasmas dos jogos decisivos para o Brasil: as quedas no primeiro mata-mata das últimas três Copas, a eliminação recente nas Olimpíadas de Tóquio para o Canadá e, claro, a freguesia eterna para as francesas (sete derrotas e cinco empates nos 12 confrontos).

O jogo de ontem(29) sábado pode também deixar lições, e para a sorte do Brasil ainda há tempo de aprendê-las. Uma delas pode soar como uma armadilha: o jogo físico. Convém não confundir com preparo físico.

Não conseguir manter o nível de jogo durante os 90 minutos custou, ao longo da história, derrotas importantes à seleção brasileira. Hoje, pelo menos nesse momento, essa não é uma questão. O Brasil chegou aos minutos finais da partida contra a França com o mesmo vigor das rivais.

Mas o jogo de contato das francesas deixou o Brasil desconcertado, especialmente no primeiro tempo. Afobadas, as jogadoras repetidamente escolheram o pior caminho para fugir da pressão: acelerar o jogo, optando pelas jogadas individuais. Há um alento: ao menos a técnica Pia Sundhage percebeu o problema.

— Todas nós estávamos surpresas com essa ofensiva da França. A maneira como nossa defesa se organizou foi um erro, mas não foi o único erro. O erro central é outro, é o fato de que nós não conseguimos manter um jogo no estilo brasileiro, com descontração, com a diversão que o Brasil sabe apresentar — afirmou a treinadora na coletiva após a derrota.

Outro problema foi pontual e decisivo: a falha de marcação no gol da zagueira Wendie Renard. Uma pausa na análise da seleção brasileira para aplaudir a defensora francesa. O futebol é feito, sobretudo, de ícones, atletas que se destacam de seus pares, especialmente nos grandes momentos. Renard passou a semana lutando contra um problema na panturrilha, era dúvida até momentos antes do jogo, e teve uma atuação brilhante, coroada com o gol.

Um gol que duplicou a frustração da seleção brasileira. Pelo resultado, obviamente, mas também porque treinamento de bola parada é um ponto crucial do trabalho de Pia Sundhage. Houve desatenção individual, de Andressa Alves, que não acompanhou Renard, mas a treinadora do Brasil sabe que analisar o conjunto sempre vale mais que personalizar um lance capital, seja na vitória, seja na derrota.

— Assistimos a vídeos do time rival, mas às vezes somos surpreendidas, como aconteceu hoje. Não se trata de erros individuais, eu não acredito em erros individuais. Aqui é sempre uma questão coletiva, é um time. Não existem falhas individuais, pois são escolhas feitas taticamente, emocionalmente, que tem a ver com uma série de antecipações feitas no gramado — declarou a sueca.

O terceiro ponto de atenção é o entendimento emocional da partida. Assustada no primeiro tempo, a seleção parecia ter se recuperado após o empate. Mas, inexplicavelmente, permitiu outra vez que a França impusesse seu jogo de velocidade e pressão, que de novo desestruturou a defesa brasileira.

Mas a Copa do Mundo continua para o Brasil. A derrota deste sábado trouxe um choque de realidade, freando a empolgação da estreia. Mas também é uma oportunidade para um freio de arrumação, pensando no que virá pela frente. A começar pela Jamaica, que terá a perigosa Khadija Shaw de volta — suspensa, ela não atuou na vitória sobre o Panamá — e jogará pelo empate para se classificar.

 

Acreditando que o Brasil vencerá, e é claro que tem um time mais experiente e talentoso que o da Jamaica, no mata-mata real a experiência deste sábado será revivida, provavelmente contra a Alemanha nas oitavas de final. Uma seleção que entrará em campo considerada favorita, mas jogar sob o status de azarão não é novidade para a equipe brasileira. E neste sábado, contra uma França que chegou em baixa, o Brasil não soube tirar proveito do momento favorável.

Assim como contra a França, a tendência é de um jogo de muito contato físico e de nervos à flor da pele. Não só num eventual mata-mata, mas já na quarta-feira, contra a Jamaica. Além dos aspectos táticos, será fundamental também recuperar a auto estima de uma equipe boa, que sofreu um revés de certo modo esperado. Resta saber se o Brasil aprenderá com seus erros deste sábado.




Fonte: Globo Esporte



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