A Turquia iniciou uma operação terrestre no norte da Síria na madrugada desta quarta (24) em uma ação militar para expulsar militantes da facção terrorista Estado Islâmico da fronteira entre os dois países.
A operação coincide com a visita de Joe Biden, vice-presidente dos Estados Unidos, à Turquia. Um dos assuntos na pauta de seu encontro com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, é justamente a segurança na Síria e no Iraque.
A operação foi iniciada às 4h locais (23h de terça em Brasília) com bombardeios na cidade síria de Jarabulus, um dos últimos bastiões do Estado Islâmico na região, segundo informações do jornal americano "New York Times".
A ação amplia a participação turca no conflito sírio, iniciado em 2011, e pode afetar a dinâmica de poder na região. Já era esperado que a Turquia, membro da Otan (aliança militar ocidental), respondesse aos pedidos por uma atuação mais direta na Síria.
Tanques da Turquia entraram no território sírio durante a operação, de acordo com a agência de notícias estatal turca Anadolu. As tropas, incluindo forças especiais turcas, tiveram apoio aéreo dos EUA. Houve também disparos de artilharia. Dezenas de alvos foram atingidos.
Um dos objetivos turcos era abrir passagem a milícias que apoia na Síria contra o regime de Bashar al-Assad.
A Turquia tem, no entanto, outro objetivo na região. O governo, em embate com a população de etnia curda no sudeste de seu país, se preocupa com os avanços de milícias curdas no norte da Síria. Os EUA apoiam os curdos na Síria, complicando o cenário.