A Polícia Civil alerta a população de Mato Grosso do Sul quanto ao golpe da seguradora e faz um alerta a possíveis vítimas, após registro de várias ocorrências do gênero.
A delegada Christiane Grossi, titular da 6ª Delegacia de Polícia, disse que os golpistas chegam a usar o nome da instituição e ainda pedem para as pessoas "colaborarem" com a investigação, dizendo que houve uma clonagem do cartão de crédito, adquirindo senha e outras informações pessoais.
"Nós já verificamos registros de estelionato com esse mesmo modo de agir e, no meu entendimento, um furto mediante fraude. No caso desta última vítima, que compareceu na delegacia, não houve o golpe porque ela chegou em casa a tempo de impedir a ação da dupla. Mas fica o alerta para as pessoas não caírem nesse novo tipo de golpe que está ocorrendo por aqui", afirmou a delegada.
Ainda conforme Grossi, casos semelhantes foram registrados nas Delegacias de Pronto Atendimento Comunitário (Depac's). A bióloga e funcionária pública, de 39 anos, foi uma das pessoas que ficou chocada com a ação da dupla.
"Eles tinham todas as minhas informações, como CPF, endereço, dados da conta e até o meu telefone fixo. Minha irmã que atendeu a ligação e inocentemente foi confirmando tudo para eles. Por pouco, eles não chegam aqui em casa", comentou.
Ela contou que recebeu a ligação por volta das 16h50 dessa segunda-feira (22).
"Estava saindo do trabalho, a caminho da minha casa, quando uma mulher ligou em casa. Minha mãe, que tem 74 anos e minha irmã estavam lá e esta última atendeu ao telefone. A pessoa dizia ser da Central de Atendimento do Mastercard e a primeira coisa que disse é que o cartão havia sido clonado e que o cliente deveria confirmar dados", explicou. Na ligação, ainda houve a informação de uma compra no valor de R$ 1,5 mil e mais dois saques de R$ 250. "Em seguida a ligação foi passada por um homem e este falou que a minha irmã deveria colaborar com a investigação policial, redigindo uma carta de próprio punho que estava disposta a contribuir com informações. Ao mesmo tempo, ele falou que um policial em uma moto iria buscar o documento, juntamente com o cartão", ressaltou a funcionária.
Enquanto a irmã permaneceu na ligação, a idosa entrou em contato com a proprietária do cartão. "Minha mãe falava que a minha irmã estava na ligação com as pessoas e eu pedia a ela para se acalmar, pois eu já estava chegando. Falei que todos os dias têm informações de quadrilhas e ela não podia ficar falando as coisas sem ter certeza", relembrou.
Ao chegar em casa, a funcionária pública ligou em sua agência bancária e todas as informações foram negadas.
Por medida de segurança, a funcionária pública conta que já pediu o bloqueio do cartão e a substituição da senha.
O caso é investigado pela polícia.