Responsáveis pelo hospital Fernando de La Mora solicitaram aos diretores do hospital Metropolitan Sanatório a dizer o valor e quem estaria pagando pelo tratamento médico do brasileiro Sergio Limas dos Santos de 34 anos, um dos suspeitos de terem participado do atentado que matou o empresário e narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, no dia 15 de junho em Pedro Juan Caballero.
De acordo com informações do site ABC Color, a medida visa identificar quem teria encomendado e pago pelo assassinato de Rafaat.
Consta ainda que Sérgio, baleado no rosto durante o atentado, já não inspira cuidados especiais e dentro de alguns dias já pode deixar a unidade de terapia e ser encaminhado para um quarto simples. Ele poderia ser transferido para o Hospital Militar de Assunção, no entanto a unidade alegou que o local não seria adequado para abrigar o rapaz e recomendou a Unidade Especializada.
Defensor e investigações
Segundo o jornal paraguaio, Marcos Aurelio Estigarribia que é advogado, compareceu no tribunal como defensor de Sergio. O brasileiro é apontado como a pessoa que manuseou a metralhadora calibre .50, que matou Raafat.
Durante o tiroteio Sergio foi ferido no rosto e levado para o hospital a bordo de um carro por dois advogados. Supostamente milionários, os tratamentos dos suspeitos foram pagos pelo mesmo advogado Estigarribia.
Diante dos fatos, até o momento o único possível responsável pelo assassinato de Raafat seria Elton Leonel Rumich da Silva, conhecido como Galan.
Durante investigações, testemunhas disseram que Galán era quem comandava a caminhonete de onde foram efetuado os disparos que mataram Raafat. Ele teria se estabelecido durante anos na área de Amambay, com a permissão do traficante de drogas Jarvis Chimenes Pavão, detido na prisão Tacumbú.
Pavão teria permitido que outras organizações criminosas no Brasil, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho, se instalassem em Pedro Juan Caballero para atuar no tráfico de drogas e armas para o país vizinho.