O promotor de Justiça Rodrigo de Andrade Fígaro Caldeira denunciou à 1ª Vara de Adamantina, a universitária de 23 anos de Ivinhema, que foi acusada de infanticídio, após a polícia localizar o corpo de uma recém-nascida em uma mala. O caso foi no dia 12 de junho, em Dracena.
A Promotoria entendeu que não houve infanticídio, crime do qual ela foi acusada inicialmente, alegando estado puerperal – quando está em um período de até quatro semanas antes do parto e logo depois dele. Neste caso, movida por forte emoção, a mãe pode acabar tendo um desafeto pela criança e a matando. Com isso, denunciou a jovem pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e tentativa de aborto.
O Ministério Público Estadual (MPE) informou que entende o crime como duplamente qualificado porque laudos apontam que a criança nasceu e foi morta por asfixia mecânica. Ainda é considerada a impossibilidade de defesa da vítima.
Em um primeiro laudo, o estado puerperal é confirmado, conforme disse o promotor. Mas o MPE considerou vago, pois não há muitos detalhes. Um novo laudo foi pedido, porém, a Promotoria ainda não sabe se a Justiça vai acatar.
O caso foi descoberto pela polícia no dia 12 de junho, depois que a jovem foi internada na Santa Casa de Dracena com sangramentos. A equipe de plantão do local desconfiou e acionou a corporação. A jovem acabou confessando que estava grávida e que teria abortado a criança na casa de uma amiga, em Adamantina, e depois a colocou em uma mala de viagem, além de seguir para Dracena.