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SEXTA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2024
31 de MAIO de 2016

No WhatsApp, delegado desqualifica vítima de estupro coletivo: ela teve relação consentida

Durante uma conversa em um grupo de WhatsApp, o delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), do Rio de Janeiro desqualifica a jovem que denunciou um estupro coletivo a ele. No texto, o policial - afastado do caso neste domingo (29), após um pedido da então advogada da vítima, Eloisa Samy - afirma que não houve estupro.

"Alguns esclarecimentos sobre os fatos", começa ele, para em seguida dizer que o "termo de declaração da adolescente foi filmado". E vai além, afirmando: não houve estupro. Ele ainda comenta a entrevista da jovem ao "Fantástico", na qual ela contou detalhes sobre como se sentiu após o estupro coletivo: "No 'Fantástico' era outra pessoa. Sabe que temos fortes indícios de que não existiu estupro".

O delegado ainda faz referência ao estado das partes íntimas da jovem no vídeo.

Nas conversas obtidas pelo Jornal Extra, o policial prossegue: "Ela teve relação consentida com uma pessoa e não usou drogas ou álcool nesse dia, conforme ela e as pessoas que estavam com ela declararam. O relato de abuso que ela fala no 'Fantástico', ela relata que foi há tempos atrás e inclusive que os autores não foram mortos pelo chefe do tráfico local (Da Russa) por pedido da adolescente. O único crime seria a divulgação do vídeo".

Sobre o número de pessoas que, segundo a jovem, a estupraram, Thiers diz que ele é alusão a um funk: "Os 33 no vídeo foi alusão a um funk onde diz mais de 20 engravidou (sic), onde o autor do vídeo diz que engravidou mais de 30 em alusão ao funk para tirar onda de 'comedor'".

O delegado ainda diz que "tem o envolvimento claro da adolescente com pessoas ligadas ao tráfico, tendo a mãe inclusive declarado que a filha é a todo o momento aliciada e que bastaria saber atirar para trabalhar no tráfico".

Ainda de acordo com Thiers, "a advogada, que acompanhou os termos junto com a mãe, pediu à adolescente que parasse de responder perguntas quando estava sendo questionada se conhece pessoas ligadas ao tráfico local, conforme declarado pela mãe e pela própria adolescente, alegando que essas respostas poderiam incriminá-la, mas a intenção era tentar ver se ela reconhecia algum dos alegados '33' que estariam no quarto".

O delegado diz que "diversas pessoas, inclusive a própria adolescente, confirmaram que a mesma frequentava a comunidade da Barão (o morro na Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, onde a jovem contou que crime ocorreu), inclusive com contato direto e íntimo com traficantes da área".

E, no fim, Thiers insinua que a adolescente pode ter sido influenciada por Elisa Quadros, a Sininho - ativista acusada de envolvimento com uma série de protestos violentos ocorridos no Rio em 2014 -, já que Eloisa defende outros ativistas. "Por fim, tem que ser melhor investigado a participação de Eloisa Samy e Sininho influenciando a adolescente a apresentar da versão de estupro coletivo na polícia".



Fonte: Correio do Estado



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