A fábrica de cigarros clandestinos fechada pela polícia no domingo (22), em Vargem Grande Paulista, na Grande São Paulo, iria abastecer vendedores do Brás, no centro da capital. A polícia prendeu 13 pessoas em flagrante. Os maços eram produzidos no Brasil, mas vendidos como se tivessem sido contrabandeados do Paraguai.
Na fábrica, a polícia encontrou duas toneladas de fumo, 100 mil maços prontos para distribuição, 100 mil cigarros que seriam embalados, todos com as mesmas marcas contrabandeadas do Paraguai, além de máquinas usadas na produção. Segundo a investigação, parte da mercadoria seria vendida na região do Brás, no Centro de São Paulo.
"O local tinha dormitório, cozinha, e eles permaneciam lá, trancados, para não sair e ter informação para a polícia", disse o delegado José Clésio de Oliveira Filho, responsável pela investigação. "Eles foram contratados para cometer esse crime."
Os 13 detidos vão responder por organização criminosa, falsificação, violação de direito autoral e crime contra a saúde pública. O dono da fábrica foi identificado, mas permanece foragido.
Em Cotia a polícia encontrou ainda uma gráfica clandestina responsável pela produção das embalagens dos cigarros clandestinos. Ela produzia, ainda, cópia de selos usados no controle da cobrança de impostos no Brasil, que acompanham os maços. O dono do local também foi identificado, mas segue foragido.