O piloto brasileiro Mauro Alberto Parra Espíndola, de 58 anos, sofreu atentado a tiros de fuzil por volta de meio-dia desta quarta-feira (17) em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS).
Mauro estava em uma caminhonete Ranger branca blindada, que foi cercada por um carro enquanto os pistoleiros em outro veículo disparavam dezenas de tiros, possivelmente calibre 7,62.
Foram tantos tiros que a blindagem da caminhonete não suportou os impactos e Mauro foi atingido por vários disparos.Em seguida a caminhonete dele bateu na traseira de outro veículo enquanto o carro dos pistoleiros deixava o local. Ele foi socorrido por policiais e levado para um hospital particular da cidade.
Um parente de Mauro Espíndola disse logo após o atentado que o estado dele era grave e que o braço esquerdo tinha sido amputado. Menos de duas horas depois, no entanto, o familiar confirmou a morte.
O atentado ocorreu na Avenida Mariscal Lopez, no centro de Pedro Juan Caballero, a poucos metros do território brasileiro. Chamado de “narcopiloto” na fronteira, por ser suspeito de trabalhar para grandes traficantes que atuam na Linha Internacional, Mauro chegou a ser preso no Paraguai em 2005 e extraditado para o Brasil, acusado de ligações com o narcotraficante carioca Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar.
O atentado é mais um capítulo da guerra travada por bandidos na Linha Internacional. Na madrugada de hoje, o paraguaio Edgar David Romero, de 25 anos, morreu após ser alvejado com cinco tiros de pistola calibre 9 milímetros na noite de ontem, quando estava em uma quadra de vôlei em Pedro Juan Caballero.
Na manhã de hoje, os corpos de Eliza Aparecida Villagra, de 19 anos, e a adolescente Raquel Chamorro, de 16 anos, as duas de nacionalidade paraguaia, foram encontrados em um lixão da cidade paraguaia.
As duas foram mortas com tiros na nuca, disparados de curta distância, o que confirma a execução. Os assassinos ainda tentaram atear fogo nos corpos.