Eduardo Aparecido de Almeida, o “Pisca”, apontado como um dos três principais chefes da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital), foi preso na tarde de ontem, quarta-feira (18) em Assunção, capital do Paraguai.
Acusado de participar da tentativa de sequestro da mãe do lateral-esquerdo Kléber, em 2006, quando o atleta defendia o Santos, Eduardo de Almeida era apontado na época como líder da facção na região do Itaim Paulista.
Ontem, Pisca foi preso durante operação da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai, coordenada pelo ministro Hugo Vera. O bandido brasileiro morava em uma mansão com piscina no bairro Herrera, nos fundos da Controladoria Geral da República.
“Este é um alto chefe do PCC, o terceiro homem na hierarquia da facção que estava designado como líder do grupo na Bolívia e no Paraguai”, afirmou o chefe da Senad.
Hugo Vera disse que “Pisca” foi localizado após a Polícia Federal brasileira informar às autoridades paraguaias que ele estava escondido em Assunção, morando em uma casa luxuosa.
O chefe da Secretaria Nacional Antidrogas disse que não existe registro da entrada de Eduardo de Almeida em território paraguaio, o que levanta a suspeita de que ele tenha usado identidade falsa para cruzar a fronteira.
"Ele tem ordem de captura por tráfico em todo o Brasil", afirmou Hugo Vera.
Segundo a promotora Lorena Ledesma, que acompanha o caso, “Pisca” é líder da célula “Raio X”, que faz parte do PCC. Um suboficial da Polícia Nacional do Paraguai também foi preso na casa, mas a Senad ainda não informou qual era o envolvimento dele com o narcotraficante brasileiro.
Pisca tentou fugir, mas a casa estava cercada e ele foi dominado pelos agentes. Na garagem foram encontrados uma caminhonete e uma moto importadas. Dólares, euros e relógios de marcas famosas também foram encontrados na casa.
Na noite de ontem, Pisca foi expulso do Paraguai e entregue à polícia brasileira de Foz do Iguaçu.