O programa federal Mais Médicos terá cerca de 950 novos profissionais cubanos até o fim de junho. O grupo deve vir acompanhado de outros 300 que já atuavam no programa e haviam retornado temporariamente – para passar férias ou para renovar documentos.
Em abril, Cuba havia suspendido o envio de profissionais ao programa, em reação ao aumento expressivo de médicos que, chamados de volta pelo país, entraram na Justiça e obtiveram o direito de continuar no Mais Médicos. Foram ao menos cem profissionais com liminares.
Em uma reunião realizada há duas semanas, Cuba e Brasil entraram em acordo. O governo brasileiro informou que passaria a punir prefeituras que incentivassem cubanos a ingressar com ações na Justiça para permanecer no País. Além disso, abriu a possibilidade de Cuba negociar diretamente com prefeituras para enviar novos profissionais, desde que elas arcassem com o pagamento dos salários, em uma espécie de programa paralelo do Mais Médicos. Algo atrativo para o governo cubano, pois significa a possibilidade de expansão dos convênios e, consequentemente, de receitas.
Por causa do impasse dos meses anteriores, há o risco de o cronograma ser mais lento do que o inicialmente previsto – com a possibilidade de algumas cidades serem prejudicadas. Mas o objetivo é de que todas as vagas sejam respostas.